Mensagem originalmente postada em Terça-feira, 13 de Maio de 2008
Esta pranchinha d´A Flora tem uma história bem interessante, foi no dia em que estava shapeando as bordas na sala de shape, e quando eu peguei a prancha do cavalete para virar o lado, eis que está passando embaixo do cavalete uma cobra sinistra de mais de 3 metros, amarela e preta a menos de meio metro dos meus pés. Na hora eu gelei, fiquei paralizado até ela passar e se esconder atrás de um armário dentro do shaperoom. A partir daí começou a trabalheira, tirar tudo do armário, limpar a área e afastar o dito cujo. Com um pedaço de pau, comecei a cutucar a cobra para que ela saísse pela janela por onde ela tinha entrado, porém a danada insistia em vir pra cima de mim em direção á porta. Logo de início ela investiu contra a madeira dando duas dentadas, e por aí já deu pra perceber o peso de sua violência, sorte que não era minha perna ou meu braço. Depois de uns 20 minutos de briga, ela tentando se esconder hora atrás da porta, hora de volta pra trás do armário, ela acabou se acostumando comigo e percebeu que eu não tinha intensão de machucá-la, então eu comecei a bater a madeira no chão e para surpresa minha ela veio seguindo a madeira, conduzi a cobra porta afora e espantei-a tocando em seu corpo com o pau. Uma semana depois foram vistas 2 pequenas por aqui, provavelmente filhotes daquela Caninãna que devia estar se aninhando para dar cria. A caninana é considerada uma cobra amigável, pois não é peçonhenta e se alimenta de cobras menores porém mais perigosas como as jararacas. Fico feliz que ela more por aqui, mas agora não mais na sala de shape. Em sua homenagem, fiz uma tatoo na prancha pirografando uma caninana no deck da prancha.
Com o peso (3,5 kg) e as linhas de uma pranchinha moderna, sua performance é surpreendente e não deixa nada a desejar ás suas primas de espuma. Deck feito de sumauma, fundo ultra aliviado com menos de 2mm de freijó, bordas e taco de rabeta de Paulownia, madeira muito leve proveniente da ásia, considerada a balsa japonesa e tacos do bico feitos da embaúba que secou e caiu no quintal do vizinho, essa é mais uma prancha quebradora de paradigmas batendo nosso record de leveza.Rocker, curvatura de fundo da prancha acentuada como nas pranchinhas modernas.
Pirografia, a tatuagem das pranchas de madeira da A Flora!
Quilhas feitas á partir das pás de um ventilador de teto deixado na bag de reciclados. (cedro rosa)
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